"Acompanho minhas filhas sem muitas cobranças"

por Eliseu da Silva Souza, Universidade do Estado do Amazonas, Parintins (AM)

O momento é preocupante, mas não desesperador, isso me deu o Norte para desenvolver os trabalhos possíveis a partir de minha casa, mesmo com o sinal péssimo de internet. Por causa disso, não consegui participar de curso promovido pela universidade.

Mesmo com as limitações, continuei participando on-line dos coletivos de educação, de política, grupo religioso, de amigos e grupo da família, que por sinal foi muito importante para reconstruir nossa árvore genealógica.

Desenvolvo um projeto de extensão denominado "Política eu me importo e participo", juntamente com dois bolsistas. Nossas atividades aconteciam em escolas estaduais de ensino médio de acordo com cronograma estabelecido com a gestão e um programa de rádio nas tardes de sábado. Na impossibilidade continuar os trabalhos, passamos a buscar leituras para escrever sobre nossas atividades.

Com os estudantes monitores que acompanham as atividades em sala de aula, organizamos umas leituras e no momento, estamos elaborando a possibilidade de jogos a partir da LDB.

Com os estudantes do curso de Pedagogia, iniciei uma pesquisa via WhatsApp sobre os impactos do isolamento social na vida dos estudantes de Pedagogia do CESP/UEA. Recebi os questionários e estou na fase de sistematização dos dados.

Quanto ao acompanhamento das filhas estudantes da escola pública estou fazendo sem muitas cobranças à elas. Não definimos rotina com horários fechados, sobretudo porque havia a promessa do governo do estado que as aulas seriam transmitidas via TV, mas isso não aconteceu. As atividades são passadas via grupo de WhatsApp. Colocamos um quadro branco no pátio para estimular o trabalho com elas. Não tenho muitas dificuldades porque já atuei por muito tempo com crianças pequenas, por isso, na maioria das vezes, o material que recebo, reorganizo antes de passar à minha filha menor.